Pela primeira vez na Bahia, o Conselho Nacional de Justiça promove um curso de capacitação para novos instrutores em mediação. O treinamento, iniciado nesta segunda-feira (8), prossegue até a próxima sexta (12) no auditório do Tribunal de Justiça, no Centro Administrativo da Bahia.
As duas instrutoras, especialmente designadas pelo CNJ, Ana de Magalhães e Maria Inês Três Rios, começaram o trabalho com o grupo de 24 alunos selecionados pelo Tribunal de Justiça.
Os novos instrutores irão multiplicar os conhecimentos adquiridos no curso de 40 horas. Segundo um dos organizadores, Alberto Addehusen, o pessoal capacitado vai instruir outras cinco turmas de mediadores, cada.
A preparação visa, não só a formação de pessoal para as mediações, mas também contribui para fortalecer a nova cultura da mediação, prevista pelo Código de Processo Civil, a entrar em vigor em março de 2016.
As instrutoras Ana de Magalhães e Maria Inês trabalham juntas em mediações há sete anos. Ambas fizeram pós-graduação em Métodos Alternativos de Solução de Conflitos Humanos e especialização em Mediação Empresarial.
“Fizemos este trabalho no Maranhão, Espírito Santo e Ceará”, disse Ana. Já a instrutora Maria Inês lembrou a importância do curso: “Eles formarão outros instrutores”.
Mediadora do Instituto Familae, Ana de Magalhães é jornalista e publica uma revista sobre gestão internacional. “Formaremos grupos de três instrutores para possibilitar as simulações da prática de conciliação”, disse, logo na abertura do encontro.
“Vamos tratar de temas como o início da mediação, a organização do encontro e a resolução de questões”, disse Maria Inês, ao tratar também das referências bibliográficas do curso.
Pacificação
Uma das novas instrutoras é a mestra em Segurança Pública, Justiça e Cidadania, Victória Borja. “Buscamos a pacificação social para construir uma nova Justiça no Brasil”, disse.
Victória trabalha também na prática acadêmica, ao construir teoria voltada para a conciliação na Universidade Federal da Bahia. Ela é orientada pela professora de Observatório de Pacificação Social, Ana Paula Rocha do Bonfim.
Uma das novas mediadores da unidade do Balcão de Justiça e Cidadania do bairro da Liberdade, Victória acredita nas técnicas de conciliação com forma de contrapor a cultura do conflito, típica do perfil do Judiciário antigo.
Texto: Ascom TJBA