A Diretoria de Assistência à Saúde (DAS) do Tribunal de Justiça da Bahia realçou, nesta quarta-feira (10), a passagem do Dia Mundial do Lúpus, para reforçar a importância de informar aos servidores do Judiciário e a toda a população sobre essa enfermidade pouco divulgada.
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), uma doença autoimune caracterizada pela produção de autoanticorpos e inflamação em diversos órgãos e dano tecidual, já atinge cerca de 200 mil pessoas no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde.
Na Bahia, os registros estão entre 7 e 10 mil casos, segundo o reumatologista Mittermayer Santiago, chefe do Serviço de Reumatologia do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes).
“Infelizmente, a maioria da população nada conhece sobre lúpus e, por isso, entendemos que sua divulgação ajuda no diagnóstico precoce e tratamento adequado”, afirma o médico, especialista no tratamento da doença.
Diz o médico que o lúpus pode se limitar à pele, sem envolver órgãos internos, mas ele recomenda que, mesmo nesses casos, o paciente deve fazer uma avaliação com um reumatologista. “Muitas características da doença podem ser detectadas apenas com exames laboratoriais”, esclareceu ele, que é também fundador da Clínica SER, especializada em reumatologia.
Apesar de não se conhecer uma causa específica, sabe-se que o lúpus acomete principalmente mulheres jovens. As características clínicas variam de um individuo para outro, e a evolução costuma ser crônica, com períodos mais acentuados e outros de remissão.
Muitos pacientes podem ter uma vida normal até mesmo sem usar medicações. Entretanto, quando não é adequadamente tratada, pode levar a sequelas graves como insuficiência renal e até à morte.
Em Salvador, o Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes) presta atendimento no ambulatório de Reumatologia, mas para ser atendido, o paciente precisa ir encaminhado pelas unidades básicas de saúde ou centros de referência da rede pública.
Texto: Ascom TJBA