Mais que acrescentar o sobrenome paterno ao registro civil e ter acesso aos direitos de pensão alimentícia, entre outros, em guarda compartilhada, como determina a legislação, as crianças terão de seus pais a afeição e o cuidado para tornarem-se jovens sem problemas psicológicos.

Esta é a proposta do Projeto Pai Presente, que entrou em nova fase de expansão de acordo com o planejamento do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. Na manhã desta quarta-feira (27), foi realizada a 40ª edição do projeto, que já contribuiu para o reconhecimento de mais de mil pais.

Pontualmente às seis horas da manhã, a juíza da 9a. Vara de Família, Rosa Ferreira de Castro, já estava na porta de entrada do Núcleo de Conciliação do Fórum das Famílias, no bairro de Nazaré, em Salvador, para receber mães e pais em busca de regularizar a situação das crianças.

A magistrada procurou orientar os supostos pais da importância de cuidar de seus filhos, antes mesmo de buscar acertar valores de pensão alimentícia e regras de visitação. “Tendo esta boa relação, evitaremos um futuro mais difícil, pois os pais e filhos vão se entender melhor”, disse.

Solícita, a juíza atendeu às emissoras de tevê e repórteres de sites que entenderam no projeto uma pauta de utilidade social inegável. “É importante alcançar o maior número de pessoas, pois muitos são os que precisam regularizar a situação das crianças e dos pais também”, afirmou.

Os pais que têm dúvidas em relação à paternidade, podem fazer gratuitamente o exame para saber se são mesmo os genitores. Já os que espontaneamente aceitam assumir seus filhos, são encaminhados, sem demora, para regularizar a documentação e acertar as pendências.

A juíza Rosa procurou tranquilizar os pais que se preocupavam com os valores de pensão alimentícia, até mesmo porque a responsabilidade de manutenção também é das mães, nos casos de maioria de guarda compartilhada.

Texto: Ascom TJBA / Foto: Nei Pinto