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Projeto ‘Corregedoria: Juventude e Cidadania’ é lançado em colégio público estadual

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Uma entusiasmada plateia de estudantes de Ensino Médio do Colégio Luis Eduardo Magalhães, da avenida San Martin, em Salvador, recebeu a visita de juízes do Tribunal de Justiça da Bahia para a estreia do projeto ‘Corregedoria: Juventude e Cidadania”.

Sob aplausos de um eufórico grupo de alunos que se preparam visando às provas do Enem, os juízes foram apresentados pelo professor de Educação Física Roberto Monteiro, diretor da instituição de ensino que integra um total de 1.840 estudantes.

Acompanhada do superintendente de Gestão Informacional da Secretaria da Educação, José Sérgio de Oliveira Carvalho, representando o secretário Osvaldo Barreto, a juíza Márcia Denise Mineiro Sampaio Mascarenhas agradeceu a calorosa recepção.

Falando em nome do corregedor-geral da Justiça, José Olegário Monção Caldas, a juíza, coordenadora do projeto, destacou a importância da iniciativa, ao justificar o alcance social da integração entre o Poder Judiciário e a juventude baiana.

Recompensa
O juiz Alberto Raimundo Gomes dos Santos, responsável por abordar o tema ‘família e sociedade’, considerou exceções os casos de violência que se vê na televisão e considerou positiva a aproximação dos magistrados com os estudantes.

Já a juíza Jaqueline de Andrade Campos, ao falar sobre “Educação no Combate a Violência’, deixou os estudantes mais pensativos ao revelar que Salvador já registra, este ano, 823 crimes com morte, 14 mil roubos a transeuntes e 1.500 em ônibus.

O mais estarrecedor, para a magistrada, é que 9% das mortes foram causadas por adolescentes de 12 a 17 anos e 32% por jovens entre 18 e 23 anos. “Ou seja, 40% dos crimes com morte foram praticados por pessoas com menos de 23 anos”, disse.

A juíza Jaqueline ressaltou, também, as boas oportunidades disponibilizadas aos jovens de hoje, como o maior número de vagas nas instituições de ensino e a criação do sistema de reserva legal nas universidades e nos concursos públicos. Ao final de sua apresentação, a magistrada destacou ainda a importância do trabalho realizado no Colégio por meio do projeto de teatro “Educar é Transformar”.

Em seguida, a juíza Nartir Dantas Weber pediu aos jovens que evitem o uso de drogas. Com a experiência de seis anos na 1ª. e 2ª. Vara de Tóxicos, a magistrada conclamou os jovens a dedicarem-se a estudar a fim de evitar “destruírem-se a si mesmos e aos pais”.

A juíza Maria do Socorro Santa Rosa de Carvalho Habib, afônica, pediu a palavra para prometer voltar ao colégio a fim de falar sobre ‘Tráfico de Mulheres e a Repercussão na Sociedade’. Por fim, a titular da 2ª. Vara de Família da Comarca da Capital, juíza Darilda Oliveira Maier informou os jovens sobre os efeitos jurídicos da separação.

Convívio
De caráter didático, e com objetivo educacional e instrutivo, o projeto ‘Corregedoria: Juventude e Cidadania’ será desenvolvido, inicialmente, nas escolas de rede pública do estado e município.

Os temas para debate com os jovens estudantes são democracia, cidadania, acesso à justiça, estrutura do Poder Judiciário e relações familiares. As palestras serão proferidas por magistrados do Tribunal de Justiça da Bahia.

Além de divulgar o trabalho do juiz, o estudante terá conhecimento de como funciona o Poder Judiciário, e como se dá o julgamento de conflitos, bem como as possibilidades de mediação e conciliação.

Texto: Ascom TJBA / Fotos: Nei Pinto

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