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Projeto Libertarte ajuda interno a reduzir pena e aprender a arte do mosaico

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Para cada três dias trabalhado, o interno tem a redução de um dia na pena de reclusão. Este simples cálculo dá bem uma ideia da importância do Projeto Libertarte, desenvolvido com a orientação do arquiteto por formação e artista plástico Eliezer Nobre.

A exposição Libertarte foi inaugurada na tarde desta segunda-feira (7), na Praça de Serviços do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, com a presença do desembargador Júlio Cézar Lemos Travessa, que representou a presidente, desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago.

A juíza assessora especial da presidência para assuntos institucionais, Marielza Brandão Franco, destacou a sensibilidade da presidente Maria do Socorro ao acolher o projeto desenvolvido no sistema prisional, entre internos da Penitenciária Lemos de Brito. “Contribui para humanizar e ajudar na ressocializar”, disse.

Por meio da defensora pública Fabíola Pacheco, o TJBA abriu as portas para que o artista Eliezer Nobre pudesse expor as obras produzidas com a técnica ‘mosaico’ pelos internos. A exposição ficará até a próxima sexta-feira (11). “Cada obra tem um significado, mas o objetivo no final de tudo é construir um grande mosaico, que somos nós”, ressaltou o artista.

O projeto é realizado mediante a prestação de serviços voluntários do artista Eliezer Nobre para a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) e a Penitenciária Lemos Brito.

Eliezer é formado em arquitetura pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), mas descobriu sua paixão na arte, mesmo não cursando artes plásticas. “Uma das maiores questões do cárcere é o ócio, que gera uma alta carga de estresse. Então, no momento que você leva a arte, principalmente as artes dos mosaicos, que requer paciência, atenção e cuidado, está diminuindo esse estresse”, ressaltou o artista.

O grupo de alunos da penitenciária é formado por dez internos. O projeto dos quadros em mosaico é assinado por Eliezer, mas a montagem e construção da obra é com os detentos.

Os internos que se inscrevem para o Libertarte recebem um salário mínimo, que ajudam no sustento da família. A ideia é fazer o interno sentir-se útil, mesmo estando preso, além do aprendizado.

No final da abertura da exposição, o artista Eliezer Nobre presenteou a defensora pública Fabíola Pacheco com um quadro chamado ‘Falando de Amor’.

Estiveram presente também o juiz Antônio Faiçal Júnior, coordenador do Grupo de Monitoramento, Acompanhamento, Aperfeiçoamento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF/BA) e do Núcleo de Prisão em Flagrante e a coordenadora de ação social Vanessa Travessa.

Texto: Ascom TJBA / Fotos: Nei Pinto

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