A 6ª Vara de Família iniciou esta semana com um novo visual. Além de ganhar uma brinquedoteca e uma copa para os servidores, as prateleiras cheias de processos que separavam o cartório da recepção foram substituídas por divisórias. A sala de audiência tornou-se mais acessível e a unidade ganhou novo mobiliário, equipamentos e pintura.
As mudanças são resultantes do processo de arquivamento e digitalização dos processos. E refletem de maneira positiva no trabalho do servidor.
“O mais relevante dessa reformulação é que todos conseguiram renovar a energia do cartório e os servidores tiveram novo estímulo para melhorar o serviço prestado”, comemora a juíza titular Bárbara Correia de Araújo Bastos, que assumiu a unidade em 25 de maio deste ano.
A brinquedoteca tornou o ambiente mais humanizado e acolhedor. As famílias envolvidas em conflito encontram um espaço lúdico para distrair as crianças enquanto aguardam a realização de audiência. Os brinquedos foram doações da equipe.
A digitalização do acervo processual começou no mês de julho pelo Núcleo Regional de Digitalização (Nuredi) com a participação dos servidores do Regime Especial de Trabalho. “Falta agora recategorizar os processos e fazer a validação no sistema”, disse a juíza.
“Seria bem difícil se não fosse o Nuredi, principalmente porque temos processos de inventário que são bem extensos e volumosos”, pontuou a magistrada. Os oito servidores da vara deram o apoio necessário.
Números
O espaço livre é resultado do arquivamento de 2.314 processos, de janeiro deste ano até 23 de outubro, e da digitalização de cerca de três mil autos. A juíza Bárbara Bastos aguarda a validação para saber o número exato de digitalizados. Dos julgados, há ainda 1.211 para dar baixa.
“Ganhamos tempo, não há dificuldade para localizar processo e as partes não vêm mais aqui”, ressalta o diretor de secretaria Rubens Alves de Souza.
Ele acrescenta que havia muitos processos antigos, com acúmulo de fungos e bactérias. “Foram encontrados três processos de 1966, imagine o estado das páginas deles. O ambiente está mais higienizado”, completa. A juíza convidou o padre da Paróquia de Santana para abençoar a unidade, iniciando a nova fase.
“O cenário da 6ª vara era desanimador, agora é referência”, reconhece o analista da 5ª Vara de Família, que trabalha próximo.
A virtualização faz parte do projeto TJBA Virtual, que prevê a digitalização de todo o acervo processual físico das unidades judiciárias de Primeiro Grau que possuam sistema eletrônico, até o dia 31 de dezembro de 2015.
Texto: Ascom TJBA / Fotos: Nei Pinto