A Comissão Pai Presente Interior, equipe responsável pela realização do projeto nos municípios do interior baiano e coordenada pela Juiza Patrícia Cerqueira, reuniu-se na manhã desta quarta-feira (04/7) com João Henrique Faria, diretor comercial do Centro de Diagnóstico do GAAC (Grupo de Assistência à Criança com Câncer), parceiro do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJBA), para tratar de assuntos referentes à realização de exames de DNA nas comarcas do interior.
O convênio entre o GACC e o TJBA, que já acontece na capital, possibilita a realização de exames médicos necessários ao andamento de determinados processos, nos casos em que as partes não possuem condição financeira de fazê-los por conta própria.
Além dos mutirões do projeto Pai Presente, toda e qualquer unidade, do interior ou da capital, pode solicitar o serviço do laboratório, enviando um ofício – assinado pelo juiz – à Diretoria de Assistência à Saúde do Tribunal, responsável por encaminhar as demandas para o GACC.
Uma vez protocolado o pedido, caso a equipe do laboratório não possa ir até a unidade para fazer a coleta, é enviado um KIT com todo o material, via correio ou malote, acompanhado de um CD com todas as orientações necessárias para a realização do procedimento. Nos casos de exames de DNA, o procedimento adotado é a coleta de células da mucosa bucal, que pode ser feito por qualquer pessoa, profissional ou não da área médica.
Após a coleta, o material deve ser encaminhado de volta para o laboratório, que realiza o diagnóstico em um prazo de 30 dias. É imprescindível que a amostra esteja acompanhada de uma ficha – elaborada pelo próprio laboratório e enviada junto com os Kits – assinada pelo juiz da unidade e acompanhada da cópia de algum documento oficial com foto do dono da amostra.
De acordo com o diretor comercial, um dos problemas mais constantes encontrados pelo laboratório é a documentação, geralmente ilegível. “Se a cópia não estiver legível, não realizamos o procedimento”, afirmou.
Os Kits recebidos pelas unidades devem ser armazenados em locais adequados, conforme as orientações do CD informativo, e o mais indicado é que a unidade solicite um número de Kits correspondente ao número de audiências previstas, para que não haja acúmulo do material, podendo ser perdido, futuramente.
A parceria entre o Tribunal de Justiça da Bahia e o GACC já realizou mais de 300 exames de DNA em seis etapas do Projeto Pai Presente na capital.
Texto: ASCOM / Foto: Nei Pinto